Visto que existem até vulcões que expelem metais valiosos, poderíamos pensar que encontrar ouro é fácil. No entanto, os seus depósitos são muito cobiçados, especialmente quando têm um grande valor histórico e são um tesouro.
Foi o que aconteceu com Ronald Clucas, membro da Manx Dectorist Society, que descobriu com seu detector de metais um fragmento de ouro viking enterrado há mais de 1.000 anos na Ilha de Man.
A descoberta é tão importante pela sua antiguidade e relevância histórica que já foi catalogada como um tesouro e incluída na coleção do Museu Manx dedicada à cultura viking.
A pulseira de ouro viking que foi reconhecida como tesouro
O objeto encontrado com o detector de metais é um fragmento de uma pulseira de ouro viking que foi elaborada durante o ano 1000 d.C. Ou seja, tem mais de um milénio de idade.
Após o seu estudo, verificou-se que tem um design especialmente sofisticado, o que indicaria um estatuto elevado. Consiste em finas hastes de ouro entrelaçadas, o que exigiu um grande conhecimento do metal.
O fragmento tem apenas 3,7 centímetros, mas calcula-se que o original chegava a 7,7 centímetros. No total, pesa 26,26 gramas, o que confirma que no passado era uma joia muito valiosa, tanto economicamente quanto simbolicamente.
Já na época Viking, não eram apenas peças ornamentais, mas funcionavam como um investimento. Estas joias podiam ser trocadas. De facto, tem uma série de entalhes que demonstram que foi usada como moeda fracionada.
Ou seja, antes do seu enterro final, este tesouro foi usado para pagar algo. O quê? Por enquanto, parece que nunca saberemos.
O local perfeito para encontrar tesouros no Reino Unido
Este tesouro demonstrou que o valor da Ilha de Man vai muito além das suas paisagens espetaculares e da sua famosa corrida de motos.
Esta ilha é um pequeno paraíso para os historiadores, pois foi uma das rotas comerciais vikings mais importantes do mar da Irlanda entre os séculos IX e XI.
Os escandinavos que se estabeleceram na ilha implementaram um sistema económico dual. Como demonstra bem esta descoberta, eles combinavam a troca de moedas com a de metais preciosos como forma de pagamento.
Outro fator que torna esta descoberta tão valiosa é que a maioria dos achados vikings na Ilha de Man era de prata. O uso deste metal é muito mais raro, o que lhe confere um toque único.
O incrível histórico do veterano que encontrou um tesouro viking na Ilha de Man
As grandes descobertas costumam ser protagonizadas por grandes equipas de arqueólogos. Por isso, outro detalhe que encantou os curiosos é o protagonista da descoberta.
O responsável foi Ronald Clucas, um veterano detectorista que em 2025 completou 50 anos a desenvolver oficialmente este hobby. Além disso, no passado, já tinha encontrado e cedido ao Manx National Heritage um lingote de prata e outro de chumbo.
Com esta descoberta, fez uma contribuição fantástica para compreender melhor a economia viking e a importância dos ornamentos feitos com materiais preciosos.
